outubro 19, 2024

G7 e G20

 


Quando se fala de grandes decisões globais, você já deve ter ouvido falar de dois grupos importantes: o G7 e o G20. Eles são basicamente uma reunião de países influentes, mas cada um com uma função diferente no cenário geopolítico.

O que é o G7?

O G7 é um grupo formado pelas sete maiores economias do mundo: Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá. Antigamente, ele era conhecido como G8, porque a Rússia fazia parte do time. Porém, em 2014, a Rússia foi expulsa do grupo após invadir a Crimeia, uma região da Ucrânia. Desde então, o grupo voltou a se chamar G7.

E o G20?

Agora, o G20 é um grupo mais amplo. Ele reúne os países do G7 e outras economias importantes, como China, Índia, Brasil, Rússia e mais outros 12 países, além da União Europeia. Então, o G20 é um clube maior, com mais países participando das discussões.

Mas, afinal, qual a diferença entre os dois?

A principal diferença entre o G7 e o G20 é o foco e o poder de decisão. O G7 é um grupo pequeno e, justamente por isso, tem mais agilidade para tomar decisões entre os países mais ricos. Eles discutem temas importantes como economia global, clima, segurança internacional, além de questões geopolíticas mais sensíveis. Resumindo: é o G7 que realmente define os rumos do mundo. Mesmo com a presença de outros países no G20, as grandes decisões vêm do G7. O G20, por sua vez, é um grupo mais amplo que inclui países em desenvolvimento e potências emergentes, e serve mais para debates amplos e inclusivos.

Na prática, o G20 é como uma grande mesa de conversas, mas sem tanto peso nas decisões finais. Já o G7, por ser um grupo menor e composto pelas nações mais poderosas economicamente, acaba sendo a força dominante que dita as regras.

E a Rússia nisso tudo?

A Rússia, como mencionamos, já fez parte do G7 (quando era G8), mas foi expulsa. No entanto, ela ainda faz parte do G20. Aqui, entra uma questão geopolítica interessante: desde a invasão da Ucrânia, a Rússia tem sido alvo de muitas sanções e debates acalorados. Recentemente, as discussões sobre a presença de Vladimir Putin nos encontros têm gerado polêmica. Em 2023, por exemplo, Putin não compareceu ao encontro do G20 na Índia, e uma das razões foi o medo de ser preso, já que o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandado de prisão contra ele devido a crimes de guerra. A presença de Putin ou a falta dela acaba sendo um tópico importante nesses eventos, porque influencia diretamente nas negociações e no clima das reuniões.

Como funcionam os encontros?

Tanto o G7 quanto o G20 fazem reuniões anuais, e cada ano um país diferente assume a presidência e organiza o evento. Durante esses encontros, os líderes se reúnem para discutir os temas mais urgentes do mundo, como mudanças climáticas, economia, pandemias, crises internacionais, entre outros. Além dos líderes, ministros de finanças e presidentes dos bancos centrais desses países também participam.

No G7, como são menos países, as reuniões costumam ser mais rápidas e focadas. Já no G20, com mais membros na mesa, as discussões podem ser mais longas e incluir um leque maior de assuntos, embora o resultado final nem sempre tenha a mesma força de impacto que o G7 tem nas decisões mundiais.

Expectativas para o G20 no Rio de Janeiro

Em 2024, o Rio de Janeiro será sede do encontro do G20. Esse será um evento de grande importância para o Brasil, que ganha destaque na cena internacional. As expectativas são altas, já que o encontro ocorrerá em meio a um cenário geopolítico tenso, com guerras em andamento, mudanças climáticas cada vez mais críticas e a pressão econômica global.

Líderes de todo o mundo estarão atentos a questões sobre como equilibrar o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade ambiental. O Brasil, sendo um país com grande influência no setor ambiental e energético, poderá usar o evento para destacar temas como a Amazônia, desmatamento e energias renováveis.

Resumindo, tanto o G7 quanto o G20 são fundamentais, mas o G7 é quem realmente define os rumos do mundo. O G20, apesar de reunir mais países, tem menos impacto nas decisões globais. E eventos como o próximo G20 no Rio mostram como o Brasil pode ganhar protagonismo na cena internacional.

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